sábado, 24 de maio de 2008

Ela é flor. Flor sem nome. Sem nome é mais bonito. Narcisa não é. Quebra espelho, corta cabelo e vai sem convicção. Ela é rosa, é universal e não perde a graça. Vai sem graça, no compasso descompassado dessa dança da beleza. Sem saber ela das flores todas iguais, dessas artificiais. Que a gente compra por descuido. E acha cuidadoso jogar fora. Não se acha na exposição. Ficam todas à mercê dela. Ela à mercê do baile das que não são. Que menina, que graça. Não se reflete nos vidros que refletem cor de mentira. Nem na estrutura esbelta, retilínea. Ela é o juízo pelo avesso, a beleza genuína. Ela é existe e basta. Basta de dança. Sai do salão, sai. Vai pro jardim das belezas naturais, vai menina flor. "

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