sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

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Alice,sentia-se ameaça...
Começou a correr, olhava para trás, mas nada além se suas lágrimas ela conseguia ver. Por mais que rápido que ela fosse, aquele sentimento de angústia tomava conta da sua respiração, ela sentia seu sangue frio circulando, aquele aperto, aquele grito contido...um choro antigo que caia dos seus olhos.
Vontade de voar e de lá de cima ver as pessoas pequenas...grita menina, grita!

Aquela altura Ana, já tinha se perdido.
O choro contido dava lugar a uma raiva inexplicável de si mesma.
Ela não conseguia sair de dento, não queria deixá-la partir, não queria ficar...sentia falta e ao mesmo tempo rancor das mentiras de outrora.

Vontade louca de ir de encontro e falar... falar como nunca havia se permitido, mas Ana não conseguia sair do cárcere.
Ela tinha uma medo de seus sentimentos.
Isso era um fato!!
Se achava conturbada, não conseguia escutar o que ela sentia, ao mesmo tempo sua cabeça não parava de gritar enlouquecida por tanto querer...
Querer tudo, querer ao mesmo tempo, querer de vez...Açuçena não se contentava em possuir o mundo, ela queria ter ela mesma. E no meio de tanto esquecimento ela se perdeu, sumiu no meio das tralhas espalhadas e mal terminadas da sua vida.
Ela tinha noção do tamanho da sua confusão, que de alguma maneira ainda não era considerada por ela uma confusão..apenas uma descompostura mental.
Se iludia, mas conseguia ver os desvios que ela mesma causava, tanto nela quanto nas pessoas que a cercavam.
Aline conversava com ela mesma todos os dias, e listava os detalhes que tanto encomodavam ela, mas não conseguia abolir da sua vida...as vezes ela sentia-se culpada por tudo, mesmo nem sabendo do que se tratava.
Seus sentimentos escravizavam, e ela era a principal vítima...

A rua chegava ao fim, e Adalgisa ainda corria...acho que na esperança de se perder e encontrar as suas coisas nas muidezas perversas de sua personalidade sufocante

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